Na minha época, eu não tinha escolha, era uma
criança que obedecia aos pais. Também aprendi as primeiras letras com a
cartilha "Caminho Suave". O mundo me fascinava porque eu quase não
saía, até para pagar contas iam meus irmãos mais velhos. Adorei sua resposta!!!
Sinto que não foi uma experência isolada. Não estou mais sozinha no mundo !!!!
Viu o que a Cartilha e o mundo fez conosco??? Professores de Língua Portuguesa
!!! Com muito orgulho!!! Abraços e obrigada pela solidariedade.
Profª Francisca Cardoso de Souza
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ResponderExcluirOlá Colegas!!!
ExcluirEstá difícil em final de bimestre acompanhar os comentários com minha internet tartaruga e acúmulo de cargo. Isto quando não fico sem sinal. Mas vamos ao que interessa!!!!
Consegui trabalhar com meus alunos o texto "AVESTRUZ" de nosso encontro presencial. Ei-lo:
Público Alvo: 9ºs anos E e F.
Execução : 6 aulas (uma semana)
Objetivo: Despertar interesse pela leitura e escrita / Respeito às diferenças.
Estratégia:
1ª aula: Levantei hipóteses sobre o assunto do texto cujo título é "avestruz" elenquei na lousa;
2ª aula: Distribui cópias do texto para leitura silenciosa, depois sugeri aos alunos que toda vez que surgisse a palavra "avestruz" ou "ave" eles dissessem "eu ". Assim, fiz eu a leitura em voz alta;
3ª aula: Depois de sugerir que grifassem no texto as palavras que desconheciam ou tinham dúvidas do significado.Elenquei na lousa estas palavras sugeridas pela turma .Trouxe dicionários para a sala de aula para que os alunos procurassem o significado e o lessem para que eu as escrevesse na lousa.
4ª aula: Fizemos nova leitura em voz alta, agora compartilhada para que melhor entendessem o texto e as características diferentes da ave em discussão. Observamos, neste momento, as características individuais que temos de respeitar nas pessoas, afinal por alguns instantes eles foram as avestruzes da história;
5ª aula: Os alunos levaram fotos, recortes de jornais ou revistas de algum animal para falar sobre as características do animal escolhido;
6ª aula: Reescreveram o texto, trocando as palavras que acharam difíceis por outro significado sem perder o sentido do texto. Além de lembrarem que ser diferente é essencial!!
Avaliação: Leitura, discussão, apresentação oral do animal escolhido, reescrita do texto.
Colegas, fiquei surpresa com a curiosidade e a participação dos alunos. Até hoje, volta e meia ainda ouço um "eu" pelos corredores.
Abraços a todos!!!!
Adorei a sugestão sobre o livro "o gênio do crime"..assim sendo quero dar-lhes a minha sugestão. No início do ano letivo, havia a necessidade de diagnosticar as principais dificuldades dos alunos e chegar pedindo uma redação com o título "minhas férias" não funcionaria, assim, iniciamos conversando sobre o que eles assistiam na TV, imagine só a resposta da maioria "novelas". Com a colaboração dos mesmos, listei na lousa todas as novelas que lembravam cerca de trinta diferentes, depois iniciei uma narrativa utilizando o nome das novelas citadas. Ora sugeria suspense, ora romance e ora ação.Os alunos entusiasmados quiseram criar uma história também. Com pelo menos 10 das trinta novelas surgiram histórias mirabolantes e muito criativas. Pude detectar as dificuldades nas produções e valorizar as criações lendo-as para todos e mostrando-as em mural. Muitos paravam para ler!!!! Espero que possa aproveitar minha ideia. Abraços.
ResponderExcluirOlá, colegas cursistas!!!
ResponderExcluirMeu depoimento sobre leitura e escrita não é o mais agradável que vocês lerão, contudo é a verdade. Sou a quinta de seis filhos, meus pais nos criaram com muitas dificuldades, não chegamos a passar fome de comida, mas de livros, com certeza.
Meus irmãos foram para a escola apenas na primeira série, minha mãe achava que o "parquinho"- era como chamava o jardim e a pré escola - era só para brincar e isso nos faríamos em casa mesmo, não tinha importância, importante era estudar fazendo lição.
Íamos aos pares para a escola para um cuidar do outro. A diferença de idade era de dois anos, assim alguém sempre perdia um ano na espera do irmão. Na minha vez, fui eu a esperar. Que ansiedade!! O tempo não passava! Nove anos na primeira série e...sem parquinho! Eu era a maior da turma, afinal era a mais velha, todos tinham sete anos! Para piorar eu era "da caixa" significava que meu material era dado pela escola para quem não tinha condições de comprá-los, o que fazia demorar mais que os outros.
A minha sede de aprender era tamanha que eu ficava deslumbrada ao reconhecer as letras das placas e faixas que via pela rua. Certa vez, minha irmã deixou-me dar de cara com um poste e cair para trás, tamanha era a distração. A vontade foi de chorar, como as pessoas que viram a cena começaram a rir, acabei achando graça também.
Tudo que caía em minhas mãos queria decifrar como se fosse um segredo que precisava descobrir o que significava. Eu e minhas duas melhores amigas criamos um código secreto com as letras do alfabeto para podermos passar bilhetinhos uma para a outra sem que ninguém, além de nós três, é claro, soubesse o que estava escrito, nem professora nem irmão curioso que mexia em nossos diários.
Agora relembrando minhas amigas Margarida e Rosane Aparecida, lembro-me de como foi divertido partilharmos nossos segredos. Peguei gosto para escrever e falar pelos cotovelos, como dizia mamãe!!Um grande abraço a todos!!!!