terça-feira, 4 de junho de 2013

Programa "Melhor Gestão, Melhor Ensino"

O Programa "Melhor Gestão, Melhor Ensino" é destinado aos profissionais de educação, das classes de gestores e professores de Língua Portuguesa e Matemática, com a finalidade de fortalecer-lhes as competências requeridas para o desempenho de suas respectivas funções, na rede estadual de ensino, em especial nos anos finais do ensino fundamental, mediante ações de formação continuada. 
O curso tem o objetivo de promover o domínio e o aperfeiçoamento das competências leitora e escritora aos alunos.

3 comentários:

  1. Venho de uma família humilde. Não convivi com a pobreza extrema, mas não tínhamos grandes recursos. Minha avó paterna era analfabeta e meus pais não tinham muita escolaridade. Meu pai (já falecido) cursou até o 6º ano do Ensino Fundamental; minha mãe, até o 5º ano. No entanto, mesmo sem ter consciência do que estavam fazendo, foram meus pais os maiores incentivadores para que eu tomasse gosto pela leitura. Quando eu era ainda uma criança (três anos de idade, aproximadamente), quase um bebê, meus pais compraram uma vitrola (Sim! Sou da época da vitrola... Meu Deus, como estou velho! rsrsrsrs!). Logo depois, foi lançada uma coleção de vinil, em compacto disco (LP's pequenos), de vários textos literatos, contos de fadas, destinada ao público infantil. Esses LP's eram pequenos e coloridos. Lembro-me até hoje que o vinil de Chapeuzinho Vermelho era vermelho. Então, eu pedia para ouví-los. Meus pais ligavam a vitrola, colocavam os discos e eu me deitava no chão, ao lado ou em frente à vitrola para escutar aquelas maravilhosas histórias. Fechava meus olhos e ficava as ouvindo e imaginando. Me recordo, com saudades, daquela época. Fui alfabetizado pela escola. Sempre fui aluno de escola pública. Quando aprendi a ler e a escrever, descobri que as magníficas histórias que ouvia pela vitrola, podiam ser encontradas nos livros. Só que não havia livros em minha casa. Começei, então, a ler os livros que familiares e amigos da família tinham, quando fazíamos visitas em suas casas. Devorava até coleções de Geografia e História. Minha primeira grande leitura foi "Zezinho, o dono da porquinha preta", da Coleção Vagalume. Li quando estava na antiga 4ª série do 1º Grau. Depois dela, vieram outras, inclusive os clássicos. Outro livro muito importante na minha infância foi "O menino do dedo verde", do escritor francês Maurice Druon. Hoje, tenho uma biblioteca particular em casa. Prefiro os romances realistas-naturalistas (meu estilo literário preferido), por isso que Eça de Queirós, Machado de Assis, Gustave Flaubert, Zolá e José Saramago (que eu classifico como neo-realista) estão entre os meus escritores prediletos.

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    1. Caro colega:
      Bem se vê que, apesar de todas as dificuldades, você é um vencedor !! Com certeza você deve dar uma aula de conteúdo tanto de Língua Portuguesa como de exemplo de vida e perseverança !!! Parabéns, guerreiro !!!!
      Abraços!!!

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  2. Caro colega,

    Meu depoimento sobre leitura e escrita não é o mais agradável que vocês lerão, contudo é a verdade. Sou a quinta de seis filhos, meus pais nos criaram com muitas dificuldades, não chegamos a passar fome de comida, mas de livros, com certeza.
    Meus irmãos foram para a escola apenas na primeira série, minha mãe achava que o "parquinho"- era como chamava o jardim e a pré escola - era só para brincar e isso nos faríamos em casa mesmo, não tinha importância, importante era estudar fazendo lição.
    Íamos aos pares para a escola para um cuidar do outro. A diferença de idade era de dois anos, assim alguém sempre perdia um ano na espera do irmão. Na minha vez, fui eu a esperar. Que ansiedade!! O tempo não passava! Nove anos na primeira série e...sem parquinho! Eu era a maior da turma, afinal era a mais velha, todos tinham sete anos! Para piorar eu era "da caixa" significava que meu material era dado pela escola para quem não tinha condições de comprá-los, o que fazia demorar mais que os outros.
    A minha sede de aprender era tamanha que eu ficava deslumbrada ao reconhecer as letras das placas e faixas que via pela rua. Certa vez, minha irmã deixou-me dar de cara com um poste e cair para trás, tamanha era a distração. A vontade foi de chorar, como as pessoas que viram a cena começaram a rir, acabei achando graça também.
    Tudo que caía em minhas mãos queria decifrar como se fosse um segredo que precisava descobrir o que significava. Eu e minhas duas melhores amigas criamos um código secreto com as letras do alfabeto para podermos passar bilhetinhos uma para a outra sem que ninguém, além de nós três, é claro, soubesse o que estava escrito, nem professora nem irmão curioso que mexia em nossos diários.
    Agora relembrando minhas amigas Margarida e Rosane Aparecida, lembro-me de como foi divertido partilharmos nossos segredos. Peguei gosto para escrever e falar pelos cotovelos, como dizia mamãe!!Um grande abraço a todos!!!!

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